29 de julho de 2010

Atividades

1) Faça um contraponto entre a obra A Primeira Missa no Brasil, pintada pelo brasileiro Cândido Portinari, em 1948 (postada em 18/06/10), e a obra homônima do também brasileiro Victor Meirelles, de 1861 (abaixo).




















2) Escolha a sua obra pereferida dentre as listadas no post As 10 pinturas mais caras do mundo já vendidas (22/06/10) e faça uma leitura formal dela.

3) Faça uma breve pesquisa sobre o movimento barroco, do qual fazia parte o espanhol Diego Velázquez (1599-1660).

4) Escolha uma obra de Tarsila do Amaral, referente ao Movimento Antropofágico, postada ou não neste blog, e faça uma leitura formal dela.

5) Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia faziam parte do grupo dos cinco. Escolha um deles, com exceção de Tarsila do Amaral, para fazer uma breve pesquisa da vida e da obra dele(a).

12 de julho de 2010

Tarsila do Amaral

BIOGRAFIA

Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.

Estuda em São Paulo no Colégio Sion e completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pinta seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos. Casa-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separa-se dele e começa a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estuda desenho e pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 embarca para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Frequenta também o ateliê de Émile Renard. Em 1922 tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do “grupo dos cinco” juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa época começa seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integra-se ao Modernismo que surgia no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.

Volta à Europa em 1923 e tem contato com os modernistas que lá se encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estuda com Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Mantém estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suiço que visita o Brasil em 1924. Inicia sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo com Oswald de Andrade. Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura. Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separa-se de Oswald em 1930.

Em 1933 pinta o quadro “Operários” e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. Passa a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30 a meados dos anos 50. De 1936 à 1952, trabalha como colunista nos Diários Associados.

Nos anos 50 volta ao tema “pau brasil”. Participa em 1951 da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.

FASES

Tarsila, com sua obra, revolucionou a arte no Brasil. Ela iniciou seus estudos em São Paulo com Pedro Alexandrino, mestre acadêmico. Em Paris, no início dos anos vinte, estudou na Academia Julian e com Emile Renard, já aparecendo como artista de vanguarda. Dessa primeira fase de sua pintura temos como exemplo "A Samaritana", 1911; "Pátio do Colégio", 1921 e "Chapéu Azul", 1922.






















Chapéu Azul, 1922

Esta tela foi realizada depois de Tarsila frequentar o ateliê de Emile Renard. As telas dessa época possuem uma grande suavidade e uma atmosfera lírica.

Passou por uma fase impressionista, mas quando retornou ao Brasil em 1922, entrou em contato com o grupo modernista e começou a mudar sua pintura. Em 1923, de volta a Paris, entrou em contato com o cubismo (escola de pintura onde predominam figuras geométricas). Pintou "A Negra" e empolgou Fernand Léger, seu professor na época. Iniciou a pintura intitulada pau-brasil"" , onde a artista usou o cubismo como técnica, mas inovou colocando em suas telas temas e cores bem brasileiros. Tarsila criou o conceito de brasilidade, pois foi o "primeiro pintor" a usar as cores caipiras e a utilizar-se de temas do cotidiano do Brasil, lembrando-se muito de sua infância e adolescência vividas nas fazendas de seu pai. Dessa fase podem ser lembrados os quadros "Auto-retrato" ou "Manteau Rouge", 1923; "E.F.C.B.", 1924; "Carnaval em Madureira", 1924; "A Cuca", 1924; "Auto-Retrato", 1924; "O Pescador", 1925; "Religião Brasileira", 1927 e "Manacá", 1927.




















A Negra, 1923

Esta tela foi pintada por Tarsila em Paris, enquanto tomava aulas com Fernand Léger. A tela o impressionou tanto que ele a mostrou para todos os seus alunos, dizendo que se tratava de um trabalho excepcional. Em A Negra temos elementos cubistas no fundo da tela e ela também é considerada antecessora da Antropofagia na pintura de Tarsila. Essa negra de seios grandes, fez parte da infância de Tarsila, pois seu pai era um grande fazendeiro, e as negras, geralmente filhas de escravos, eram as amas-secas, espécies de babás que cuidavam das crianças.

Posteriormente, quando pintou o "Abaporu", em 1928, querendo causar impacto em seu marido Oswald de Andrade, Tarsila iniciou o Movimento Antropofágico no Brasil. Este movimento, liderado por Oswald, propunha a "deglutição" da cultura européia, tranformando-a em algo bem brasileiro, e a figura do "Abaporu" idealizava o processo da deglutição. Esta fase da pintura de Tarsila intitulada Antropofágica é a mais importante de sua carreira. Temos como exemplo dessa fase os quadros: "Abaporu", 1928; "O Lago", 1928; "O Ovo" ou "Urutu", 1928; "A Lua",1928; "Cartão Postal", 1929 e "Antropofagia", 1929.




















Abaporu, 1928


Este é o quadro mais importante já produzido no Brasil. Tarsila pintou um quadro para dar de presente para o escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Quando viu a tela, assustou-se e chamou seu amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela figura estranha e acharam que ela representava algo de excepcional. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come). Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de "deglutir" a cultura européia e transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro. O "Abaporu" foi a tela mais cara vendida até hoje no Brasil, alcançando o valor de US$1.500.000. Foi comprada pelo colecionador argentino Eduardo Costantini.

Em 1933, depois de visitar a ex-URSS, pintou o quadro "Operários". Assim, mais uma vez precursora, Tarsila iniciou a pintura com temas sociais no Brasil. Nessa fase pintou também "Segunda Classe". Nos anos cinquenta a artista retomou as paisagens e as cores brasileiras que tanto a caracterizaram e voltou à pintura pau-brasil, agora intitulada neo pau-brasil. Tarsila fez duas grandes exposições em Paris nos anos vinte (1926 e 1929), com grande sucesso. Expôs no Brasil individualmente pela primeira vez em 1929. Até seu falecimento, participou de diversas exposições no Brasil e em vários lugares do mundo. Inovou sempre e contribuiu para mudar o rumo das artes do Brasil, junto com o grupo modernista brasileiro, mas mesmo dentro do grupo, sempre foi precursora, sendo assim considerada um dos artistas de maior importância na arte brasileira.














Operários, 1933

24 de junho de 2010

Diego Rodríguez de Silva y Velázquez foi um importante pintor espanhol do século XVII. Destacou-se na pintura de retratos, principalmente de integrantes da nobreza espanhola. Fez parte do movimento artístico conhecido como barroco.


- Velásquez nasceu em 6 de julho de 1599, na cidade de Sevilha (sul da Espanha).


- Filho de um advogado de origem portuguesa e mãe sevilhana.


- Desde criança demonstrou grande interesse pela pintura. O pai, verificando este dom, levou Velásquez, com 11 anos de idade, para estudar pintura com o artista plástico naturalista Francisco Herrera.


- Em 1611, o pai levou Veláquez para ser aprendiz no ateliê de pintura do artista Francisco Pacheco.


- Veláquez casou-se com Juana, filha de seu professor de arte. Com ela teve uma filha chamada Francisca.


- Em 1622, viajou para Madrid e conheceu o poeta Luis de Góngora de quem pintou um retrato.


- Na década de 1620, começou a fazer importantes contatos artísticos e também entre a nobreza espanhola.


- Em 1623, foi nomeado pelo rei Felipe IV como o novo pintor real.


- Em 1629, conheceu o pintor barroco Rubens, de quem absorveu grande influência artística.


- Viajou em 1629, em missão oficial, para a Itália. Em Roma teve contato e estudou as obras do Renascimento.


- Em 1631, regressou para a Espanha e recebeu do rei da Espanha a missão de fazer um retrato do príncipe Baltasar Carlos.


- Em 1635, pintou uma de suas grandes obras de temática histórica: A rendição de Breda.


- Em 1648, viajou novamente para a Itália como embaixador e artista espanhol. Visitou Nápoles, Roma e Veneza, onde comprou obras de arte de Tintoretto, para o rei da Espanha.


- Em 1651, retornou para a Espanha e foi nomeado, pelo rei espanhol, Aposentador Real. Passou a dedicar mais tempo a atividade artística. Nesta fase produziu grandes pinturas como, por exemplo, A família de Felipe IV (conhecida como As Meninas) e A Fábula de Aracné (conhecida como As fiandeiras).


- Em 1659 foi condecorado com a Ordem de Santiago.


- Velásquez, acometido de uma grave doença, morreu em 6 de agosto de 1660, na cidade de Madrid.










A Família de Felipe IV (As Meninas)

22 de junho de 2010

As 10 pinturas mais caras do mundo já vendidas

10. Massacre dos Inocentes (1611), Peter Paul Rubens
Vendido em 2002, por US$76,7 milhões (corrigido: US$ 91,9 milhões)











9. Auto-retrato do artista sem barba (1889), Vincent Van Gogh
Vendido em 1998, por US$ 71,5 milhões (corrigido: US$ 94,6 milhões)














8. Dora Maar (1941), Pablo Picasso
Vendido em 2006, por US$ 95,2 milhões (corrigido: US$ 101,8 milhões)













7. Irises (1889), Vincent Van Gogh
Vendido em 1987, por US$ 53,9 milhões (corrigido: US$ 102,3 milhões)











6. Rapaz com um cachimbo (1905), Pablo Picasso
Vendido em 2004, por US$ 104,2 milhões (corrigido: US$ 118,9 milhões)













5. Bal au moulin de la Galette, Montmartre (1876), Pierre-Auguste Renoir
Vendido em 1990, por US$ 78,1 milhões (corrigido: US$128,8 milhões)










4. Retrato do Dr. Rachet (1890), Vincent Van Gogh
Vendido em 1990, por US$82,5 milhões (corrigido: US$136,1 milhões)













3. Retrato de Adele Bloch-Bauer I(1907), Gustav Klimt
Vendido em 2006 por US$135 milhões (corrigido: US$144,4 milhões)











2. Mulher III(1953), Willem de Kooning
Vendido em 2006, por US$137,5 milhões (corrigido: US$147 milhões)













1. Nº 5, 1948 (1948), Jackson Pollock
Vendido em 2006, por US$140 milhões (corrigido: US$149.70 milhões)







VOTE NA SUA OBRA PREFERIDA, NA ENQUETE AO LADO!!!!

18 de junho de 2010

Cândido Portinari

Cândido Portinari foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Este grande artista nasceu na cidade de Brodowski (interior do estado de São Paulo), em 29 de dezembro de 1903. Destacou-se também nas áreas de poesia e política.

Durante sua trajetória, ele estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro; visitou muitos países, entre eles, a Espanha, a França e a Itália, onde finalizou seus estudos.

No ano de 1935 ele recebeu uma premiação em Nova Iorque por sua obra "Café". Deste momento em diante, sua obra passou a ser mundialmente conhecida.

Dentre suas obras, destacam-se: "A Primeira Missa no Brasil", "São Francisco de Assis" e "Tiradentes". Seus retratos mais famosos são: seu auto-retrato, o retrato de sua mãe e o do famoso escritor brasileiro Mário de Andrade.

No dia seis de fevereiro de 1962, o Brasil perdeu um de seus maiores artistas plásticos e aquele que, com sua obra de arte, muito contribuiu para que o Brasil fosse reconhecido entre outros países. A morte de Cândido Portinari teve como causa aparente uma intoxicação causada por elementos químicos presentes em certas tintas.




















Café, 1935




















A Primeira Missa no Brasil, 1948